Nova fase para o rugby feminino: Projeto NINA avança

O mês de agosto de 2022 marca um importante momento para o desenvolvimento do rugby feminino nacional com o início oficial do Projeto NINA.

Formatado em 2021, iniciado voluntariamente no ano passado e aprovado para captação de recursos via Lei de Incentivo ao Esporte, o Projeto NINA nasceu com o intuito de estimular as categorias de base femininas dentro dos clubes brasileiros, ajudando a suprir uma necessidade crescente no esporte, com foco no trabalho com meninas de 7 a 17 anos.

No entanto, o escopo do projeto vai além do desenvolvimento esportivo. O NINA trabalha dentro dos clubes o empoderamento feminino através do rugby, com a promoção de conteúdos e pautas que impactam em temas do universo feminino, de saúde à carreira profissional. “O NINA é nosso projeto de incentivo ao empoderamento feminino através do rugby dentro dos clubes,”, afirma Leca Jentzsch, gerente do NINA.

“O NINA busca construir espaços seguros para as mulheres se desenvolverem, desde a introdução na prática esportiva até a transição de carreira e a formação de lideranças, como treinadoras e gestoras”, pontua Leca, que ressalta que “o projeto nasceu a partir da preocupação e colaboração de muitas mulheres do rugby que se uniram, compartilharam suas habilidades e visão sobre o trabalho com a base do rugby feminino nacional. Foi desta união de forças e capacidades que pudemos construir o NINA”.

Tal abrangência do projeto não se faz sem o devido entendimento das características de cada clubes. “O NINA não chega para ditar as regras no clube. O fomento da base respeita as particularidades de cada clube. A proposta é somar e auxiliar na organização eficiente de cada clube, entendendo cada realidade. Por exemplo, é o clube quem indica os profissionais que trabalharão com o projeto. E mais: os clubes poderão ter meninos participando das atividades junto das meninas, o que é excelente para estimular o aprendizado da convivência”, ressalta a gestora.

A primeira fase do NINA começou neste mês envolvendo oito clubes, de todas as cinco regiões do país: Acemira, de Belém (PA), na região Norte; Ymborés, de Planalto (BA), no Nordeste; Goianos, de Goiânia (GO), no Centro-Oeste; Rio Branco, de São Paulo (SP), São José, de São José dos Campos (SP), e Grêmio Náutico Maricá, de Maricá (RJ), no Sudeste; Charrua, de Porto Alegre (RS), e Antiqua, de Pelotas (RS), no Sul.

O projeto custeará salário para uma treinadora, consultoria técnica, auxílio para festivais e material esportivo (bolas, coletes). O NINA conta ainda com três coordenadoras, responsáveis pela condução das atividades regionalmente. A responsável por Norte e Nordeste é Maria Micaela Pita; o Sudeste é conduzido por Valéria Sapienza. e o Sul e o Centro-Oeste por Ciana Goycoechea. No próximo ano, a expectativa é de expandir o projeto para atender doze clubes.

Quer conhecer mais sobre o projeto? A Confederação Brasileira de Rugby lançou nesta semana o novo podcast Rugbycast, que tem, logo na edição inaugural, uma conversa com Leca Jentzsch, a gerente do NINA.

 

Foto: Ymborés Rugby Club