Yaras enfrentam Canadá nesta quarta-feira, em estreia dos Jogos de Tóquio

As Yaras começam nesta quarta-feira (28), às 21h30 (horário de Brasília), em Tóquio, sua caminhada nos Jogos Olímpicos. A primeira adversária do Grupo B é a seleção do Canadá, que ganhou a medalha de bronze na edição Rio 2016.

Logo no dia seguinte (29), a seleção brasileira joga duas vezes para definir seu destino na competição: às 5h contra França e às 21h contra Fiji. As emissoras Sportv e Globoplay confirmaram que transmitirão todas as partidas das Yaras.

Nesta fase, classificam-se as duas melhores seleções de cada um dos três grupos e as duas melhores terceiras colocadas completam as quartas-de-finais. O grupo A conta com Nova Zelândia (atual medalhista de prata), Rússia, Grã-Bretanha e Quênia. Já na chave C estão Austrália (atual campeã olímpica), Estados Unidos, China e Japão.

A seleção feminina brasileira passou um período de 15 dias na cidade japonesa de Nagato, utilizando a estrutura de treinamento do Nagato Blue Angels, clube feminino de sevens. Desde sábado (24), o grupo encontra-se na Vila Olímpica em Tóquio, onde serão realizados todos os jogos do rugby no Estádio Olímpico.

Para a manager das Yaras, Dannielle Abreu, a estadia em Nagato foi importante para concentrar as atividades física e de campo em um ambiente mais tranquilo e isolado.

“Nagato foi uma decisão correta para nossa adaptação gradual ao clima de verão do Japão e também para gerenciar a ansiedade normal de participar deste tão sonhado evento. Ainda mais para nosso elenco, que é jovem, com 10 atletas estreantes em Jogos Olímpicos, dentre as 14 convocadas. Embora todas elas tenham boa experiência com as Yaras em competições internacionais”, conta.

Na modalidade olímpica sevens, os times se enfrentam com sete jogadoras de cada lado e a partida dura apenas 14 minutos ou dois tempos de sete minutos cada um. Por isto, um time costuma jogar duas ou até três vezes no mesmo dia.

“Por ter menos atletas em campo e mais espaços para as jogadas, o sevens se diferencia bastante do rugby XV por exigir mais intensidade, versatilidade, trocas rápidas de passe e velocidade na condução da bola rumo à zona de pontuação”, observa o inglês William Broderick, técnico das Yaras desde agosto de 2020. “No caso das Yaras, buscamos preencher esses requisitos com um estilo próprio de jogar do rugby brasileiro e das nossas atletas selecionadas”, define.

Para a veterana Isadora “Izzy” Cerullo, 30 anos, em sua segunda participação olímpica, a seleção injetou sangue novo com atletas como Bianca Silva, Mariana Nicolau e Marina Fiovaranti, estreantes em Jogos Olímpicos, mas que já faziam parte da seleção principal desde antes da Rio-2016. “Muito legal ver que sementes plantadas no primeiro sonho olímpico estão sendo colhidas agora. Temos um grupo de muita ousadia e alegria que acredita até o fim, que é confiante contra qualquer adversária”, avalia.

“As Yaras sempre entram numa competição para vencer. Não sei trabalhar de outra forma e elas aprenderam a pensar assim e demonstram isto em campo. Mas quando falamos em metas, acredito que a principal é deixarmos algum legado, mostrarmos nossa identidade de jogo. Essa nova cara do rugby brasileiro que não será igual à de nenhum país no mundo”, completa Will Broderick.

Partidas do Brasil na primeira fase dos Jogos Olímpicos:
28.07 – Brasil x Canadá – 21h30
29.07 – Brasil x França – 5h
29.07 – Brasil x Fiji – 21h

*Horários de Brasília