Josh Reeves: “poder voltar a jogar em casa vai ser fantástico”
Treinador interino dos Cobras contou sobre o início dos trabalhos no NAR, o Núcleo de Alto Rendimento de São Paulo
Estes são dias agitados para Josh Reeves. Além do cargo de responsável pelo rugby no Brasil, o neozelandês assumiu, por enquanto, a liderança do Cobras Brasil XV para a primeira edição do Super Rugby Americas. A equipe brasileira está trabalhando forte para aquela que será a primeira temporada em que finalmente poderá jogar em casa.
Embora a notícia de uma nomeação para o cargo de Head Coach seja esperada, Reeves, que jogou na seleção brasileira e também iria disputar a primeira Superliga Americana de Rugby, assumiu a função, junto com a assistência do ex-Puma Maximiliano ‘ Chinchu’ Bustos, que se encarregará dos forwards.
Apontando para o futuro do rugby no Brasil, trabalhando com alto rendimento masculino e feminino, sua função como Diretor de Rugby está feliz “com a forma como os programas e projetos são estruturados. Trabalho com o Alto Rendimento para homens e mulheres, sete e quinze, mas também tem o M20 para homens e o M18 para mulheres.” No comando desde junho do ano passado, Reeves é casado com uma brasileira e jogou pela seleção brasileira, sendo o camisa 10 quando em 2018 surpreendeu o mundo e conquistou o Sul-Americano. “Estamos trabalhando muito para que o Alto Rendimento comece cada vez mais cedo, embora aqui seja um processo lento.”
O objetivo do rugby brasileiro será a classificação para a Copa do Mundo de Rugby “teremos boas chances até 2027 com esse grupo de jogadores”, diz Reeves, explicando que há um grande foco no grupo de jogadores M23 que levará o Brasil no futuro. “E com o feminino também tem classificação para WXV, temos que ter mais meninas treinando por mais tempo, melhorando fisicamente e tecnicamente. Para se classificar para o WXV você tem que derrotar a Colômbia, mas a competição também aumenta.” O plano do rugby brasileiro prevê que quem comandar o Tupis, a seleção masculina também comandará o Cobras Brasil XV no Super Rugby Americas.
O processo de busca é prioritário e os candidatos já estão sendo analisados. A busca foi global. “Idealmente, a pessoa já deveria estar lá, mas não foi o caso e estou confiante que posso assumir o papel e levar a equipe para onde queremos que ela chegue nesse meio tempo. O foco agora é na parte física e técnica; Não estamos muito focados no tático neste momento, algo que iremos focar oportunamente.” Quando o novo treinador chegar, será difícil para Reeves não estar em campo o tempo todo. “É o que eu gosto, mas também pode contribuir de outros lugares.”
O Cobras Brasil XV será um time competitivo. “A condição física dos meninos é superior ao que estavam em 2022, mantendo o que havia sido construído naquele ano.” “O plano é ter uma defesa muito física, bom jogo de pés com alguns jogadores muito talentosos, e vamos desenvolver o ataque com o passar dos jogos. Temos alguns zagueiros que jogam muito bem”. “Mas seremos competitivos durante todo o jogo durante a competição que sabemos que será mais difícil”, diz Reeves. Entre as contratações do Cobras Brasil XV, haverá muito interesse na oitava irlandesa Donnacha Ryan, que representou seu país nas categorias de base. Ele será um dos muitos jogadores de alto nível que poderão ser vistos em ação, em casa, pelo público brasileiro.
Depois da cancelada primeira edição da Superliga Americana de Rugby em que a Seleção Brasileira não estreou, e tendo que jogar as próximas duas em bolhas no exterior, “poder jogar em casa vai ser fantástico, emocionante. Teremos um grande dia de rugby todas as vezes que jogarmos, para atrair o público e curtir o time e o esporte”. “Queremos gerar uma boa vibração com o público.” Para isso, a paixão com que o time joga será fundamental para que as pessoas se apaixonem. “Temos falado muito sobre isso com o plantel, sobre apresentar a equipa como queremos que a conheçam, a sua nova identidade, ser uma equipa de enorme intensidade, muito contacto e disciplinada.”
Texto: Super Rugby Américas
Foto: Fotojump