Brasil duela na Holanda com seleção da casa nessa quarta no Rugby feminino

Brasil e Países Baixos duelam nessa quarta, dia 4, em Amsterdã, no último jogo oficial de 2024 para as Yaras no Rugby XV. Brasil se prepara para participação inédita na Copa do Mundo em 2025

 

A Seleção Brasileira Feminina de Rugby XV está na Holanda para dois duelos contra a seleção da casa em partidas que valem como importante preparação para o Brasil jogar pela primeira vez na história a Copa do Mundo da categoria, o maior evento feminino do mundo do rugby, que acontecerá entre agosto e setembro de 2025 na Inglaterra.

No primeiro duelo entre brasileiras e neerlandesas, os Países Baixos venceram por 15 a 7, em partida realizada em Amsterdã, no National Rugby Center (NRCA) na última quinta-feira. O duelo foi parelho do início ao fim, com a seleção laranja prevalecendo no fim com 3 tries a 1. O jogo agora será o 10º test match (partida valendo pontos no Ranking Mundial) do Brasil na história e ocorre no mesmo local onde foi realizada a primeira partida na história, em 2008. O test match do Brasil na categoria só ocorreu em 2020, por conta do foco dado ao longo dos anos anteriores no rugby sevens feminino, o rugby olímpico. Até hoje, no rugby sevens (o rugby de 7 jogadoras), o Brasil coleciona 21 títulos sul-americanos, 2 medalhas dos Jogos Pan-Americanos, 3 participações nos Jogos Olímpicos e 4 participações na Copa do Mundo de Rugby Sevens, além de estar no momento em sua quinta temporada consecutiva na primeira divisão do Circuito Mundial de Rugby Sevens, jogando consistentemente entre as 12 melhores seleções do mundo.

A classificação à Copa do Mundo de Rugby XV (o rugby de 15 jogadoras) faz o rugby brasileiro dar mais um passo adiante como protagonista nas categorias femininas e, para a partida contra os Países Baixos, valerá mais um marco: a primeira vitória brasileira em solo europeu. Para o jogo, a comissão técnica encabeçada pelo treinador uruguaio Emiliano Caffera apostou em trazer quatro atletas que defenderam o rugby sevens brasileiro no Rio 2016: Luiza Campos, Haline Scatrut, Isadora Cerullo e Edna Santini.

“É muito interessante ver a renovação do grupo. O elenco do Rugby XV mistura esses novos talentos com as ‘relíquias’, que somos nós, atletas mais experientes. É essa a ideia, aprendermos o rugby XV moderno juntas, trocando experiências, e fazendo o nosso rugby fluir”, comentou Izzy Cerullo. “Saber lidar com pressão e com viagens é algo que trazemos como experiência para o time. É o momento de colocarmos o melhor time em campo e praticarmos o melhor estilo brasileiro, fazendo nosso rugby crescer. É tudo novo, porque agora é o momento de vivermos novas experiências com o XV”, concluiu.

Para Luiza Campos, que esteve no elenco do rugby sevens até Paris 2024, analisou o momento: “A parte do elenco que treina em São Paulo está dividido entre quem treina no sevens e quem treina no XV. E temos as atletas que estão no exterior. Quando nos encontramos, buscamos tirar o melhor proveito disso. É juntar o melhor dos dois mundos: a inteligência e o conhecimento da geração mais velha e a energia de quem está começando. Temos um longo caminho e este é o primeiro passo na preparação para a Copa do Mundo. Sabemos que será difícil, mas encaramos tudo da melhor maneira, com bom humor e empolgação”.

Após o primeiro duelo contra as neerlandesas, a capitã Eshyllen Coimbra, que também defendeu as Yaras no rugby sevens nos Jogos Olímpicos de Tóquio, comentou: “Era o que esperávamos: um jogo duro e dinâmico. Foi nosso primeiro contato com o rugby internacional fora de nosso continente e vamos daqui para mais. É só o primeiro passo”. Para o duelo dessa quarta, dia 4, a capitã falou que “precisamos subir melhor nossa defesa, ajustar nosso scrum e evoluir defensivamente na lateral. Já no ataque temos que melhor a identificação das famílias e a transição para o semi ataque”, comentando sobre as formações ofensivas brasileiras.

Os Países Baixos estão no 16º lugar do Ranking Mundial e o Brasil no 41º. Uma vitória brasileira por até 15 pontos de diferença elevará as Yaras ao 34º lugar, ao passo que uma vitória por 16 pontos ao mais renderá ao Brasil a 30ª colocação.

 

X

Países Baixos x BrasilAo vivo no YouTube da Nederland Rugby

04/12 – 15h30 (hora de Brasília) | 19h30 (hora de Amsterdã)

Local: NRCA –  Bok de Korverweg 6, 1067 HR – Amsterdã, Países Baixos – clique aqui para comprar ingressos

Árbitra: Katherine Ritchie

Países Baixos: 15 Pleunit Kievit, 14 Kika Mulling, 13 Linneke Gevers, 12 Pien Selbeck (c), 11 Gaya van Nifterik, 10 Jet Metz, 9 Esmee Ligtvoet, 8 Elisabeth Boot, 7 Mariet Luijken, 6 Mhina De Vos, 5 Inger Jongerius (c), 4 Isa Prins, 3 Brechtje Karst, 2 Julia Morauw, 1 Anouk Veerkamp;

Suplentes: 16 Jara Bunnik, 17 Lynn Koelman, 18 Nicky Dix, 19 Gwen van der Schoot, 20 Quen Makkinga, 21 Lisa Egberts, 22 Lieve Stallmann, 23 Emma Van Traa;

Brasil: 15 Isadora Cerullo, 14 Cláudia Beltran, 13 Edna Santini, 12 Carolyne Pereira, 11 Lohana Valente, 10 Fernanda Tenório, 9 Luiza Campos, 8 Íris Coluna, 7 Letícia “Lele” Medeiros, 6 Haline Scatrut, 5 Letícia “Negona” Silva, 4 Eshyllen Coimbra (c), 3 Taís Prioste, 2 Isabela Gomes, 1 Franciele Barros;

Suplentes: 16 Júlia Leni Lima, 17 Patrícia “Pipoca” Lima, 18 Pâmela “Temps” Santos, 19 Dayana Dakar, 20 Amanda Welter, 21 Mariana Moreira, 22 Natália “Poke” Rosa, 23 Aline “Yu” Mayumi;

Foto: Eshyllen Coimbra / Fotojump