Beatriz “Baby” Futuro é selecionada para a Bolsa do World Rugby para Lideranças Femininas
World Rugby concedeu as bolsas de seu Capgemini Women in Rugby Leadership Programme a 12 lideranças femininas pelo mundo. Ex-atleta da seleção, Beatriz “Baby” Futuro é a terceira brasileira a ser beneficiada, reforçando o protagonismo brasileiro no rugby feminino
Campeoníssima com a Seleção Brasileira Feminina de Rugby como atleta, treinadora, gestora na área de desenvolvimento da Confederação Brasileira de Rugby e integrante da Comissão de Atletas da Comitê Olímpico do Brasil, Beatriz Futuro foi a brasileira nomeada pela federação internacional de rugby como a beneficiária da bolsa da entidade para liderança femininas para o período de 2023-24.
A Bolsa Women in Rugby Leadership Programme é uma importante iniciativa que fomenta a consolidação de lideranças femininas para o esporte. O programa oferece às bolsistas a oportunidade de participar de uma série de workshops exclusivos, bem como mentorias de líderes de negócios e esportistas de elite. A seleção de Beatriz Futuro para a bolsa é um exemplo dessa importante iniciativa do World Rugby e da Confederação Brasileira de Rugby em apoiar a transição de carreira de ex-atletas para atuarem na gestão e desenvolvimento do esporte e se conecta também com a campanha “Unstoppables”, que reforça o protagonismo feminino no rugby.
“Estou muito honrada e grata pela oportunidade de participar da Bolsa programa Women in Rugby Leadership do World Rugby. Essa é uma iniciativa fundamental para o desenvolvimento pessoal e profissional de mulheres no rugby, e eu me sinto muito privilegiada por fazer parte desse grupo seleto de líderes. Como atleta, pude desenvolver habilidades de liderança, mas agora poderia trabalhar essa experiência para fora de campo, podendo aplicá-la em prol do desenvolvimento do rugby nacional e do fortalecimento de nossa comunidade”, de 37 anos, que fez seu último jogo pelo Brasil em 2022. Além das Yaras, “Baby” Futuro foi ainda campeã nacional com o Niterói Rugby Football Club.
“Acreditamos que a liderança feminina é essencial para o desenvolvimento do rugby no Brasil e estamos orgulhosos de ver Beatriz Futuro representando nosso país nessa iniciativa global. Ela é um exemplo inspirador de liderança no rugby feminino e uma embaixadora do esporte que tem trabalhado incansavelmente para promover o esporte em nossa comunidade”, disse Mariana Miné, CEO da Confederação Brasileira de Rugby.
Marjorie Enya, integrante do Conselho do World Rugby, e Natasha Olsen, integrante do Conselho da Sudamérica Rugby, foram as outras brasileiras beneficiadas recentemente pela bolsa.
Rugby fomentando o crescimento da categoria feminina
As bolsas para liderança são uma entre as ações afirmativas do World Rugby para o desenvolvimento do rugby feminino. A entidade e seus parceiros internacionais tem se posicionado de modo decisivo com ações que visam ao empoderamento da categoria.
No último mês, o World Rugby atualizou seu plano estratégico para o rugby feminino, com um projeto de aceleração do desenvolvimento da modalidade. Lançado em 2017, o plano estratégico global para desenvolvimento do rugby feminino tem com o objetivo de aumentar o número de jogadoras e o nível competitivo da modalidade em todo o mundo. O plano é dividido em três fases, com metas específicas para cada uma delas.
A primeira fase, que ocorreu entre 2017 e 2021, focou na expansão da base de jogadoras, com o objetivo de alcançar 2,5 milhões de jogadoras registradas em todo o mundo. Para isso, o plano estabeleceu metas como a inclusão do rugby feminino em mais programas escolares e universitários, a criação de ligas regionais e nacionais, a oferta de treinamentos e capacitações para treinadoras e árbitras, entre outras iniciativas.
A segunda fase, que vai de 2021 a 2025, tem como objetivo aumentar o nível competitivo do rugby feminino, com o desenvolvimento de programas de alto rendimento e a preparação das seleções nacionais para competições internacionais. O plano também estabelece metas específicas para aumentar o número de mulheres em cargos de liderança dentro do rugby, como treinadoras, árbitras, dirigentes e comentaristas. Neste período, o lançamento em 2023 do WXV, a nova liga mundial, e a expansão da Copa do Mundo de 2025 de 12 para 16 participantes reforçaram a necessidade de acelerar o crescimento do esporte em países estratégicos, como é o caso do Brasil, uma vez que a América do Sul terá vaga direta pela primeira vez na história nas duas competições. Por fim, a terceira fase, que ocorrerá entre 2025 e 2030, tem como objetivo consolidar o rugby feminino como um esporte profissional de alto rendimento com aumento expressivo em público e mídia.