Fale com o CEO – Edição nº2

Prezados fãs do Rugby Brasileiro,

Espero que tenham desfrutado e achado útil a coluna do mês passado, além da sessão ao vivo via Facebook de perguntas e respostas. Para mim foi um prazer poder responder suas dúvidas e preocupações. Em novembro teremos a próxima sessão.

Nesta edição mensal da coluna “Fale com o CEO”, gostaria de tocar num assunto bem recente. No dia 23 de setembro, a CBRu realizou a Assembleia Geral Eletiva, onde foram eleitos os membros do Conselho de Administração (CA) que farão a gestão da entidade no período compreendido entre 01/01/2017 e 31/12/2020. Essa Assembleia é histórica, pois consolida a mudança do estilo de gestão da CBRu, passando de um modelo presidencialista, para um modelo de gestão que contempla a atuação de um CA na definição das políticas de atuação e planejamento e um CEO, para execução do plano de negócios, passando o Presidente a exercer uma função de representação político-institucional perante Governo e Comitê Olímpico do Brasil.

Este modelo é igual ao modelo utilizado pelas companhias de capital aberto e por várias organizações esportivas nos Estados Unidos e nos mercados esportivos mais desenvolvidos da Europa (Inglaterra, Espanha e França), inclusive na World Rugby. Nele, o CA deve zelar pelos valores e propósitos da organização e traçar suas diretrizes estratégicas. O CA representa os interesses dos jogadores, federações, árbitros, patrocinadores, COB e órgãos governamentais. Para isto ele é formado por:

5 membros da base (representantes de Clubes e Federações) – eleitos pelos presidentes das Federações afiliadas à CBRu e Clubes com direito a voto
1 representante dos jogadores (eleito pelos jogadores em atividade)
1 representante dos árbitros (eleito pelos árbitros em atividade)
5 membros independentes (que trazem expertise do mercado em habilidades específicas, como finanças, patrocínios, governança, etc, mas que não tem conexão direta com clubes e/ou federações)
Esse modelo de gestão tem a finalidade de criar um Conselho que represente os interesses dos praticantes, dos clubes, das Federações, dos árbitros e das companhias e organismos que nos apoiam, com parte do CA olhando para as decisões com um olhar “neutro”, para que possa tomar as decisões sobre:

Estratégia de Longo Prazo
Macro-alocação de recursos
Gerenciamento de risco
Processo sucessório de conselheiros e CEO
Práticas de Governança Corporativa
Sistemas de controles internos
Compete também ao CA o apoio e supervisão contínuos à gestão da organização com relação à operação, riscos e pessoas. Não deve, todavia, interferir em assuntos operacionais.

O Presidente do CA, que sempre será um dos membros independentes do CA, é responsável por presidir o CA, direcionar a pauta das reuniões, dirimir disputas internas e garantir o correto funcionamento do Conselho como um todo. O CEO da CBRu se reporta ao Presidente do CA.

Finalmente, o CEO é responsável pela correta execução das decisões tomadas no CA. Ele presta contas para o CA dos resultados atingidos versus os objetivos colocados. Adicionalmente, ele é responsável também por elevar recomendações sobre a estratégia de médio-largo prazo da Confederação para o CA.

As vantagens que este modelo de governança apresenta são:

As decisões mais críticas da Confederação são tomadas de forma colegiada, considerando os múltiplos pontos de vista existentes dentro do CA
Existe uma clara divisão entre a tomada de decisão e a execução, criando um órgão (o CA), que supervisionará ao CEO na execução do planejando
Existe maior representatividade na tomada de decisão: mais da metade do Conselho é eleito diretamente ou indiretamente pelos praticantes do esporte
Para saber mais sobre nossa governança por favor entrem no menu de “Governança” da nossa página web para ter acesso a múltiplos documentos, incluindo nosso Estatuto, onde tem mais informações sobre este assunto.

Adicionalmente, convidamos a comunidade a escrever suas dúvidas no canal “Fale com o CEO” e, desde já, agendar nos seus calendários o próximo “Facebook Live” onde responderei perguntas ao vivo.

Atenciosamente,

Agustin Danza

CEO

Confederação Brasileira de Rugby